terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Resenhas publicadas pela Revista Concerto


 


Transcrevo aqui a resenha do CD Henrique Oswald na Revista Concerto de dezembro/2014:

"O pianista Braz Velloso, com um álbum inteiramente dedicado à obra de Leopoldo Miguez, inseriu seu nome em definitivo na lista dos intérpretes dedicados a recuperar a memória da música nacional. E ele leva adiante essa proposta com seu novo disco, agora em torno da produção de Henrique Oswald. Nascido no Rio de Janeiro em 1852, o compositor fez seus primeiros estudos em São Paulo, de onde partiria, mais tarde, para a Itália. Na Europa, conheceu a música de autores como Liszt, Debussy, Grieg, Massenet e Brahms. E, em suas viagens, anota o crítico Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, apreenderia uma influência tripla: da escola alemã, herdou o apreço pela forma; da francesa, o requinte e a clareza; e da italiana, a preocupação com a melodia. O mais interessante, porém, é perceber como essas influências convivem em uma escrita bastante original, ainda mais quando a interpretação nasce de um cuidadoso processo de pesquisa como o de Velloso. Entre as obras, destaque para os Três romances, que evocam Schumann e Chopin e são gravados aqui pela primeira vez, e Il neige, peça curta com a qual Oswald ganhou o concurso Le Figaro, em Paris."




Transcrevo aqui a resenha do CD Leopoldo Miguéz na Revista Concerto de outubro/2014:

"Um dos aspectos mais fascinantes da fruição musical é a descoberta, por meio dos sons, de novos e desconhecidos mundos. E eles, às vezes, podem estar mais perto do que imaginamos. Um bom exemplo é a produção do compositor brasileiro Leopoldo Miguéz. Ele entrou para a história como um dos primeiros diretores do Instituto Nacional de Música, que ajudou a definir e profissionalizar o ambiente da música clássica brasileira na segunda metade do século XIX. Mas, de sua música, conhecemos de fato pouco – o que só torna ainda mais importante o trabalho de resgate do pianista Braz Velloso neste disco, que traz 16 obras para piano solo do compositor, 14 delas gravadas pela primeira vez. E como soa a música de Miguéz? Bastante influenciada pela criação de Chopin, Wagner e principalmente Liszt, que ele conheceu na Europa, mas com um lirismo muito marcante e pessoal, como em Lamento, que compõe o ciclo Souvenirs, ou em Saudade, parte de Morceaux lyriques. Completa o repertório o ciclo Scènes intimes e as peças curtas Faceira, Noturno op. 10 e Allegro appassionato op. 11. Destaque para a leitura sensível de Velloso."

sábado, 23 de agosto de 2014

Musique Brésilenne du XIX siécle


Le samedi 23 août à 14 heures sur France Musique l'émission de Marcel Quilévéré sera dédiée á la musique Bresilienne du XIX, elle s'intitule," Le Brésil et la fin de l"Empire". La berceuse op 34 de Leopoldo Miuez sera jouée par moi même ainsi que plusieurs autres compositions de l'époque interpretés par d'autres instrumentistes brésiliens. Un vrai régal.

Link:

http://www.francemusique.fr/emission/balades-latino-americaines/2014-ete/le-bresil-et-la-fin-de-l-empire-08-23-2014-14-00


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A Descoberta no Séc. XXI do Romântico Séc. XIX


Além do prazer que tive em descobrir, estudar e gravar as obras de Leopoldo Miguez e Henrique Oswald, que muitas estavam esquecidas, tive a satisfação de constatar o grande interesse que estes CD’s despertaram no Rio em São Paulo e na França durante este período de lançamento. Muito me sensibilizou que as composições de Miguez e Oswald fossem divulgadas pelas rádios, a maioria tocada pela primeira vez no mundo, alcançando assim um público que talvez nunca tenha ouvido falar destes compositores. As reações na França me gratificaram pela admiração e surpresa, diante de uma Escola Romântica Brasileira de Piano  a qual desconheciam e de obras, segundo eles, de tão alto nível. 
Neste próximo sábado dia 23 de agosto às 14 horas de Paris e 9 horas do Brasil, o programa “Les Traverses du Temps de Marcel Quilévéré”, na radio France Musique,  tem como tema: “Le Brésil et la fin de l’Empire”, onde a Berceuse op 24 de Leopoldo Miguez interpretada por mim será transmitida assim como várias outras obras de compositores brasileiros deste período, interpretadas por brasileiros como Clara Sverner, Maria Tereza Madeira, Roberto Szidon e muitos outros. Se desejarem ouvir lembro que é sempre possível através da internet e do smartphone.

Link do programa:

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Nova entrevista de Braz Velloso


O programa Música e Músicos do Brasil esta semana é inteiramente dedicado ao outro lançamento do pianista Braz Velloso com o CD com obras de Henrique Oswald. 
O programa irá ao ar nesta terça-feira (12/08), às 22 h, na MEC FM. O mesmo será reprisado na sexta-feira (15/08) na MEC AM às 23 h, e novamente no domingo (17/08) na MEC FM às 16 h. 
Programa produzido por Carina Amorim.





Acesse o site da rádio em:
http://radios.ebc.com.br/mecfmrio

domingo, 22 de junho de 2014

Programa Música e Músicos do Brasil - Rádio MEC


O programa Música e Músicos do Brasil entrevista compositores, regentes e intérpretes da música de concerto do Brasil. É o segundo programa mais antigo do rádio brasileiro, criado em 1958.
Esta semana o entrevistado é o pianista Braz Velloso. O programa irá ao ar nesta terça-feira (24/06), às 22 h, na MEC FM, com reprise na sexta-feira (27/06), às 23 h, na MEC AM, e novamente no domingo (29/06), às 16 h (a confirmar), na MEC FM.

Acesse o site da rádio em:

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Agenda Cultural - Junho

 


Agenda Cultural do pianista Braz Velloso

Amanhã, dia 05 de junho, a segunda parte do lançamento dos novos CD's.


Entrevista ao vivo na Rádio France Musique para o Programa Le Magazine 
Apresentação: Lionel Esparza
Horário: das 12:30 às 14 h, (horário de Paris). 

Mais informações em: 
http://www.francemusique.fr/emission/le-magazine



- Programa Pianíssimo dedicado ao CD Henrique Oswald interpretado por Braz Velloso
Rádio Cultura SP - 103,3 FM. 
Apresentação: Gilberto Tinetti 
Horário: 14:00 h com reapresentação às duas da manhã.

Mais informações em: 




sexta-feira, 2 de maio de 2014

AGENDA CULTURAL


Lançamento dos CD's de Braz Velloso

- Dia 18 de maio de 2014
Concerto de piano no Festival de Música de Chevreuse - França
Espaço "Sechoir à Peaux" às 17:00 h

- Dia 29 de maio de 2014 (quinta-feira)
Programa inteiramente dedicado ao CD Leopoldo Miguez interpretado por Braz Velloso
Rádio Cultura SP - 103,3 FM
Programa Pianíssimo 
Apresentação: Gilberto Tinetti 
14:00 h com reapresentação às duas da manhã.

- Dia 05 de junho de 2014 (quinta-feira)
Programa inteiramente dedicado ao CD Henrique Oswald interpretado por Braz Velloso
Rádio Cultura SP - 103,3 FM.
Apresentação: Gilberto Tinetti
14:00 h com reapresentação às duas da manhã. 

Critica CD’s Henrique Oswald e Leopoldo Miguez - piano Braz Velloso

Texto sobre os lançamentos dos CD's de Braz Velloso escrito por um dos maiores críticos da atualidade na Inglaterra.


Critica CD’s Henrique Oswald e Leopoldo Miguez  piano Braz Velloso
BYZANTION  at art music reviews.co.uk
                                                                                                                                      
Naxos lança uma tão vasta quantidade de gravações que…
Que pena seria, no entanto, perder esses dois álbuns cheios de fascinantes joias líricas, tocadas tão divinamente por Braz Velloso, um pianista cujo próprio nome evoca texturas suaves de cetim.
Além do fato de que Oswald e Miguez eram praticamente contemporâneos, há outras semelhanças que unem estes dois discos numa espécie de super recital. Os dois compositores são originários do Rio de Janeiro e tendo como um ou ambos pais, imigrantes europeus. Ambos passaram muitos anos na Europa, onde absorveram as influências musicais que minimizaram as cores do Brasil em suas obras para piano. Acima de tudo, ambos escreveram música que pode ser colocada em triângulo cosmopolita cujos vértices estão entre Schumann, Chopin e Saint Saëns: Miguez com inclinação romântica e Oswald, mais impressionista.
Em outras palavras Oswald e Miguez são suscetíveis de ter um grande apelo junto ao público. São obras de natureza altamente melódica e suave, com peças características, curtas, variadas em cor e temperamento: bem humoradas, nostálgicas, ousadas, calmas – formando longas suítes, criando assim conjuntos satisfatórios. Nas mãos sensíveis de seu compatriota Braz Velloso elas têm um  campeão digno - caloroso, sutil e simpático.
A qualidade do som é a mesma para ambos os discos, boa sem ser espetacular, um pouco próxima e com alguns ruídos de fundo. Podemos algumas vezes ouvir Velloso respirando, suspirando ou se mexendo, em geral no fim das peças e também nas passagens mais calmas. Não sei se o produtor percebeu ou não mas no final das faixas o som desaparece num silêncio digital de forma pouco sutil. No entanto estes detalhes são bastantes mínimos  e não atrapalharão em nada o prazer de ouvir estas músicas. As notas do livreto, em ambos os CD’s  feitas pelo nome evocador de Sérgio Bittencourt Sampaio são altamente informativas e bem traduzidas.

Critique CD’s  Henrique Oswald e Leopoldo Miguez
Byzantion  at artmusicreview.co.uk

Naxos réalise une si grande quantité d’enregistrements de haute qualité qu’il serait facile…
Quel dommage, cependant, manquer ces deux albums avec des fascinants joyaux lyriques joués divinement par Braz Velloso, un pianiste dont le nom même suggère les souples textures du satin.
Outre le fait que Oswald et Miguez étaient contemporains il existe d’autres similitudes que lient ces deux disques dans une sorte de super récital. Les deux compositeurs originaires de Rio de Janeiro, avaient des parents immigrants européens. Les deux ont passé des nombreuses années en Europe, où ils ont absorbé les influences musicales qui minimisent la couleur brésilienne dans leurs œuvres pour piano. Ils ont surtout écrit une musique qui se situe dans un triangle cosmopolite entre Schumann, Chopin et Saint- Saëns, Miguez plus romantique et Oswald plus impressionniste
En d’autres termes  Oswald et Miguez sont susceptibles d’avoir un large public. Leurs œuvres sont d’une nature très mélodique, suave, avec des pièces caractéristiques très variés : humoristiques,  nostalgiques, audacieuses, tranquilles -  rassemblés en longues suites pour créer des ensembles satisfaisants. Dans les mains sensibles de leur compatriote Braz Velloso ils ont un champion digne – il est chaleureux, subtile et sympathique.
La qualité sonore est la même pour les deux disques, bonne sans être  exceptionnelle, un peu de trop près et pas entièrement sans bruit de fond . Velloso peut parfois être entendu, respirant, soupirantou ou bougeant en général à la fin de certaines œuvres. Le producteur a du remarquer  ou pas, mais  les pistes end se décolorent d’une manière peu subtile avec le silence numérique. Cependant ces détails sont assez minimes et peu susceptibles de gâcher le plaisir d’écouter cette musique. Les notes de livret faites par le nom évocateur de Sergio Bittencourt Sampaio, dans les deux disques sont hautement instructives et bien traduites.

Naxos release such vast quantities of high-quality recordings that it is the easiest thing for relatively lowkey CDs like this pair to come and go all but unnoticed, especially when, as here, they are issued purely as downloads or for streaming purposes. Even the work titles suggest a strong element of take-it-or-leave-it: who really needs more morceaux, feuilles or souvenirs?
What a pity, though, to miss these two albums of bewitching lyrical gems performed so ambrosially by Braz Velloso, a pianist whose very name suggests smooth satin textures.
Beside the fact that Oswald and Miguéz were almost exact contemporaries, there are other similarities that tie these two discs together into a kind of super-recital.
Both composers originate from Rio de Janeiro, with either one parent or both a European immigrant. Both spent many years in Europe where they absorbed the musical influences that minimise the Brazilian colour in their piano works. Above all, both wrote music that can be placed in a cosmopolitan triangle whose corners are Schumann, Chopin and Saint-Saëns, with Miguéz more romantically, Oswald more impressionistically, inclined.
In other words, Oswald and Miguéz are likely to have wide appeal. Theirs are works of a highly melodic, generally mellow nature, short character pieces of varied mood and colour - humorous, nostalgic, bold, relaxed - threaded into longer suites to create satisfying wholes. In the sensitive hands of their compatriot Velloso they have a worthy champion - he is sunny, subtle and sympathetic.
Sound quality is the same for both discs, good, without being spectacular: a trifle close and not entirely without background noise. Velloso can sometimes be heard exhaling, sighing or fidgeting, chiefly at either end of a work, but also in quieter passages. Whether or not the producer noticed this, trackends are sharply faded to digital silence in a hardly subtle way. However, these distractions are fairly minimal and unlikely to spoil anyone's enjoyment of the music. The booklet notes in both cases are by the evocatively named Sergio Bittencourt Sampaio, highly informative and well translated.

Byzantion

Contact at artmusicreviews.co.uk

Leopoldo Miguez - Piano, Braz Velloso

Crítica de David Denton
Publicada na Review Corner em Janeiro 2014


Nascido no Brasil e parcialmente lá educado, Leopoldo Miguez passou parte de sua infância na Espanha e Portugal, e durante seus anos de maturidade estudou em Paris. Sua carreira no Brasil o teria levado para a educação e administração, onde era tido em alta consideração, mas como compositor era puramente dependente de influências europeias, sendo que Liszt e Chopin estão sempre presentes. O programa escolhido por Braz Velloso está quase totalmente dedicado à gravação de estreias mundiais, e cobre grande parte de uma vida que terminou prematuramente na idade de cinquenta e dois, em 1902. Estilisticamente sem grande mudanças ao longo de sua carreira, embora Schumann tinha, obviamente, tornado-se importante para ele nos Morceaux lyriques, uma obra que poderia muito bem ter sido atribuído ao compositor alemão. Agradavelmente reminiscente de Chopin em seus quatro Souvenirs, chegamos a uma joia no mundo da era romântica com a última faixa do disco -- , o Allegro appassionato… A obra para piano de Miguez prova que ele estava muito à vontade neste instrumento… [Braz Velloso] é um defensor altamente persuasivo. A qualidade sonora do disco é boa mesmo numa acústica de igreja. 

© 2014 David's Review Corner

David Denton
January 2014

Born in Brazil and partially educated there, Leoplodo Miguez spent part of his childhood in Spain and Portugal, and during his mature years studied in Paris. His career in Brazil was to take him into education and administration, where he was held in high regard, but as a composer he was purely dependent on European influences with Liszt and Chopin always hovering in the background. Almost devoted to world premiere recordings, the programme chosen by Braz Velloso covers much of a life that ended prematurely at the age of fifty-two in 1902. Stylistically it changed little throughout, though Schumann had obviously become important to him in the Morceaux lyriques, a work that could well have been attributed to the German composer. Pleasingly reminiscent of Chopin in his four Souvenirs, we arrive at a jewel in the world of the Romantic era with the disc’s concluding track, the Allegro appassionato…Miguez’s output for piano shows that he was happy in the medium…he is a highly persuasive advocate and the sound quality is reliable in a church acoustic. 

© 2014 David’s Review Corner

Henrique Oswald - Piano, Braz Velloso

Crítica de David Denton
Publicada na Review Corner em Novembro 2013

Nascido no Brasil em 1852, Henrique Oswald era filho de um pai Suíço e de uma mãe Italiana, e foi para a Itália que a família retornou para dar uma educação musical ao seu filho protegido. A maior parte de suas composições foram para piano solo, e apesar de ter vivido durante a era do Impressionismo Francês, ele não se deixou persuadir, sendo que sua conexão musical pertencente à geração anterior como Fauré seria um bom guia para o conteúdo deste CD… que, através de escutas diversas aprecia-se o polimento e refinamento de uma música que pretende agradar por sua elegância, mais do que por algum conteúdo dramático. Chopin está sempre presente nas Seis Peças, contendo uma Tarantella particularmente atraente, e umScherzo cintilante antecedido por um meigo Nocturne. Quatro pequena peças, Feuillies d'Album, e a curta peça característica, Il Neige, completam estas execuções altamente envolventes do pianista brasileiro, Braz Velloso. Poucas gravações capturam um som tão realístico do piano. 

© 2013 David's Review Corner



David Denton
November 2013

Born in Brazil in 1852, Henrique Oswald was the son of a Swiss father and Italian mother, and it was to Italy they returned to educate their musical protegee son. Most of his compositions were for solo piano, and though he lived through the French Impressionist era, he was little persuaded by them, his music belonging to the previous generation of which Faure would be a good guide to the disc’s contents…on repeated hearing you come to enjoy the polish and refinement of music that seeks to please by its elegance rather than any dramatic input. Chopin remains ever present in the Six Pieces with a particularly attractive Tarantella and a sparkling Scherzo to follow the tender Nocturne. Four little encore pieces, Feuilles d’album, and the short character piece, Il neige, complete these highly engaging performances from the Brazilian pianist, Braz Velloso. Few recordings catch such a realistic piano sound. 

© 2013 David’s Review Corner

sábado, 26 de abril de 2014

Cartas enviadas ao Braz Velloso sobre o lançamento dos dois CD's



Carta de Lauro Gomes Pinto para Braz Velloso sobre os lançamentos dos 2 cds.
Prezado e querido Braz...
Gostei muito. Miguez e Oswald, estão praticamente esquecidos. Mesmo na Rádio MEC temos poucos registros feitos há muitos anos, sem a qualidade digital. Quero te dar os parabéns pela tua lembrança. Conhecia um pouco de algumas destas peças para piano dos dois, fora os Poemas Sinfônicos do Miguez. Do Oswald, as variações para piano e orquestra e sua música de câmara: quartetos, duo, trios, etc.
Adorei as tuas gravações. Estão ótimas. Você é um grande interprete, sensível e brilhante. Bravos!!! Um grande abraço,
Lauro Gomes Pinto

Carta do pianista Victor Cayres doutorando na Boston University onde desenvolve uma tese sobre Leopoldo Miguez

Prezado Braz Velloso,

Desculpe a demora. Sexta-feira passada consegui ir ao correio buscar os CDs. Obviamente tenho ouvido o do Miguez, todos os dias. Que presente maravilhoso a sua gravação! Tão cheia de cores, inspiração, e com um som tão bonito, logo do início, na primeira nota do noturno opus 20! Difícil escolher qual a minha peça favorita. Dá orgulho saber que o compositor dessas pérolas musicais é um dos nossos! Parabéns por esse magnífico trabalho, é uma inspiração maior poder ouvir sobre o que estou escrevendo, ao invés de apenas olhar para partituras secas e imaginar o som. 
Ainda não pude ouvir o do Oswald com muita atenção, estou diariamente imerso no do Miguez, mas é interessante notar as semelhanças de estética e estilo entre ele e Miguez, e ao mesmo ouvir como são diferentes!  
Muitíssimo obrigado pelo presente valioso! 

Abraço e tudo de bom!
Victor Cayres

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Carta do Musicólogo e Compositor Narcis Bonet sobre o CD com as músicas de Leopoldo Miguez


Cher Braz,
C'est avec un vif plaisir que nous venons d'écouter votre CD avec des oeuvres, pour moi totalement inconnues, mais qui méritaient vraiment d' être recréés.
Vous en avez offert une interprétation remarquable autant par le jeu pianistique que par la sensibilité au service bien réussi de cette musique charmante, bien construite et certainement attachante.
Bravo pour cette première écoute. Nous poursuivrons plus tard l'écoute du CD d'Oswald... Mais je ne voulais pas différer davantage mes félicitations
Avec Hélène je vous embrasse nien fort, et merci encore pour votre beau cadeai
Narcis

Carta do Compositor Ronaldo Miranda ao Braz Velloso sobre os dois Cds lançados de Henrique Oswald e Leopoldo Miguez

Caro Braz,

Recebi com muita alegria seus dois CDs da Naxos dedicados a Oswald e Miguez.

Meus efusivos parabéns pela sua realização, Braz! Os documentos históricos que representam esses dois discos são inestimáveis e super benvindos.

Você recria as peças com linda sonoridade e retoma uma tradição nobre e fecunda do piano brasileiro.

Não saberia dizer o que está melhor, mas tenho lá minhas preferências, que recaem na sua musicalíssima versão das Seis Peças Op. 14, de Oswald, bem como de "Il Neige", em andamento um pouco mais "andado" do que o habitual, com o canto interno (central) lindamente flexionado.

No CD de Miguez, também gosto de tudo, mas sou especialmente apaixonado pelo Noturno Op. 10 e pelo Allegro Appasionato, cujas progressões diminutas, o pianismo e a tensão dramática me reportam às vezes a algumas das peças da Kreisleriana de Schumann. Você interpreta com muita propriedade (e bom gosto) essas duas obras.

Bem, já no Rio, aproveitando as férias acadêmicas, envio para você o CD "Patrícia Bretas Interpreta Ronaldo Miranda - Obras para Piano". Ele contém minhas principais obras para piano solo, escritas num período de 40 anos (1965-2005) e também minhas peças para piano a quatro mãos, onde Patrícia conta com a colaboração de Josiane Kevorkian.

Espero que goste.

Um abraço saudoso e, de novo, meus muitos parabéns pelos dois CDs!

Até breve,
Ronaldo Miranda

Carta de Homero Magalhães Filho sobre os dois CD's

Prezado Braz,

Ouvi os seus CDs, gostei muito. Marie-Marguerite tem razão: estão tocados e gravados com muita sensibilidade, competência e despojamento. Lindo o som do piano, Parabéns ! 

Quanto aos compositores: a obra de L. Miguez é com certeza mais ambiciosa ou, dependendo do ponto de vista, mais « pretensiosa », então pessoalmente prefiro as peças de H. Oswald que apesar de (ou graças a?) um estranho « melting-pot » de estilos acaba sendo mais fácil de "consumir" ou seja pode-se ouvir prazeirosamente o CD tanto com muita atenção quanto distraidamente...

Não que eu tivesse algum preconceito com relação a esse tipo de repertório, mas a partir de agora, se me perguntarem se vale a pena tira-lo do baú, já posso responder com convicção que sim, pois esses seus CDs são a prova.

Abraço grande
Homero Magalhães Filho