terça-feira, 13 de outubro de 2015

Concertos SESI SP

Redescoberta do Romantismo Brasileiro – Obras Inéditas para Piano de Henrique Oswald e Leopoldo Miguez 

Piano: Braz Velloso  

A produção musical do Brasil no Segundo Reinado (1840-1889) foi muito rica e profícua. Uma importante geração de compositores – estimulados por bolsas de estudos na Europa concedidas pelo imperador Pedro II – realizou grandes obras, muitas delas desconhecidas do público. No concerto, o premiado pianista Braz Velloso interpreta composições inéditas de Leopoldo Miguez (1850-1902) e Henrique Oswald (1852-1931), integrantes de um grupo de talentos profundamente influenciado pelo Romantismo europeu. A apresentação mescla música, informações e comentários sobre a vida e a obra dos grandes mestres e restabelece a importância e a atualidade deles para a história da música brasileira. Velloso promoveu intensa pesquisa sobre os artistas, o que motivou a gravação de dois CDs por um selo internacional e um espetáculo didático. 

Erudito, 60 min 


São Paulo: Dia 18 de Outubro de 2015 às 12 h.
Teatro do SESI - Centro Cultural Ruth Cardoso 
Avenida Paulista, 1343.



Franca: dia 23 de outubro de 2015 às 20 h.
SESI Franca: Centro de Atividades Oswaldo Pastore
Avenida Santa Cruz 2.870
Jardim Centenário 



São José do Rio Preto: dia 24 de outubro de 2015 às 20 h.
SESI de São José do Rio Preto
Centro Cultural de Atividades Jorge Cupral Furtado
Avenida Duque de Caxias 4.666
Vila Elvira


 

domingo, 4 de outubro de 2015

Le Piano Romantique Brésilien


Ça me fera très plaisir de vous revoir et de vous faire partager cette musique.

Crítica Revista Pianiste / Critique revue Pianiste



Crítica Revista Pianiste 
Julho/Agosto de 2015

Por Alexandre Sorel

Obras para piano 
Leopoldo Miguez 
Naxos 9.70199
Henrique Oswald
Naxos 9.70200  

BRAZ VELLOSO (Piano)

É importante ressaltar aqui um músico particularmente sutil e interessante; o pianista brasileiro Braz Velloso, que gravou dois CD’s originais de compositores brasileiros praticamente esquecidos e dos quais ele se torna um comovente defensor.
A música destes compositores nunca tinha sido gravada até então e através de um “beijo na bela adormecida” que este excelente pianista, deu uma nova vida a estas páginas escritas pelos seus compatriotas.
Elas são plenas de sutilezas, de invenções melódicas e de ricas harmonias. A escola romântica brasileira é pouco conhecida hoje em dia.
De fato, mesmo após a proclamação da república do Brasil em 1899 (antes colonizado por Portugal), os estreitos laços culturais entre a Europa e o Brasil restaram. Encontramos as influências da música de Chopin, Debussy ou Fauré (na música de Henrique Oswald) e de Schuman e Liszt (na de Leopoldo Miguez).
Durante a semana de Arte Moderna de 1922, o Brasil estava em busca de uma identidade cultural mais específica. Foi assim que músicos como Ernesto Nazareth e em seguida Villa Lôbos compuseram uma música mais rítmica influenciada pelos ritmos africanos.
No entanto os precursores (Oswald e Miguez) foram músicos muito interessantes.
Braz Velloso interpreta de forma excelente estas peças que ele ressuscita com muita sutileza e um grande domínio. Ele transmite uma verdadeira emoção.
Aqui está um pianista caloroso que temos que ressaltar o trabalho de intérprete de pesquisador e de musicólogo.

Critique Revue Pianiste 
Juillet / Août 2015

Leopoldo Miguez
Naxos 9070199
Henrique Oswald
Naxos 9.70200

BRAZ VELLOSO (Piano)

Il importe de saluer ici un musicien particulièrement fin et attachant, le pianiste brésilien Braz Velloso, qui a gravé deux disques originaux de compositeurs brésiliens inconnus et dont il se fait l’émouvant défenseur. La musique de ces compositeurs n’avait jamais été enregistrée jusqu’alors’ et c’est par une sorte de baiser à  « La Belle au Bois Dormant » que cet excellent pianiste a redonné vie à ces pages écrites par ses compatriotes. Elles sont pleines de subtilité, d’invention mélodique et de riches harmonies. L’école romantique brésilienne est inconnue aujourd’hui. En effet, même après la proclamation de l’indépendance du Brésil en 1889 (auparavant colonisé par le Portugal) des liens culturels étroits demeuraient tissés entre l’Europe  et le Brésil.
Aussi, ces deux compositeurs  furent-ils très influencés par la musique de Chopin, Debussy ou Fauré dont on retrouve les tournures (pour Oswald), ou celle de Schumann ou de Liszt ( pour Miguez ). Cependant à la suite de la grande semaine de l’Art Nouveau de 1922, le Brésil fût en quête d’une identité culturelle plus spécifique. C’est ainsi que des musiciens comme Ernesto Nazareth et, à sa suite Heitor Villa Lobos, dessinèrent un art plus rythmé, s’inspirant de l’art africain. Mais leurs précurseurs étaient eux aussi des musiciens fort attachants.
Braz Velloso joue excellemment ces pièces, qu’il exhume avec beaucoup  de finesse et une belle maîtrise. Il s’en dégage une véritable émotion.
Voilà un pianiste attachant, dont il importe de saluer le beau travail  d’interprète, de chercheur et de musicologue. 

Alexandre Sorel

Clique para ampliar / Cliquez pour agrandir




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Recitals de Lancement de CD's de Leopoldo Miguez et Henrique Oswald par Braz Velloso 2015

AVRIL...

Le 12 Dimanche
Paris à Piano +

Le 27 Lundi
Rio de Janeiro - Inauguration du Centre Culturel -SERPA

JUILLET...

Le  8  Mercredi
France-Ardeche - Recital au Festival de Désaignes 

AOÛT ...et ...SEPTEMBRE

Tournée de 10 concerts de la Série Sesi São Paulo. 

"Le pianiste Braz Velloso a realisé deux enregistrements chez NAXOS, avec des oeuvres de Henrique Oswald et Leopoldo Miguez, qui peuvent être considèrèes parmi les plus marquantes productions artistiques et de recherche musical appliqué de l'actualité...
La qualitée visuelle des CD's et l'excellente realisation thecnique et musicale de ces oeuvres  interprétés par Velloso, permetent de capter avec sensibilté et attention l'esprit de l'époque...
La réalisation sonore  des oeuvres pour piano de Henrique Oswald et de Leopoldo Miguez dans les CD'S de Braz Velloso representent par son  excellence interpretative,  une contribuition d'une extraordinaire importance..."

Revue Brasil-Europa
Antônio Alexandre Bispo
Musicologue et Philosophe
Professeur à  L'Université de Cologne - Etudes Culturelles et de Musicologie 

Henrique Oswald (1852-1931) e Leopoldo Miguez (1850-1902) por Braz Velloso


Duas gravações de relevância no contexto dos 450 anos do Rio de Janeiro

O pianista brasileiro Braz Velloso, radicado em Paris, lançou duas gravações pela Naxos, respectivamente com obras de Henrique Oswald e Leopoldo Miguéz, que podem ser consideradas entre as mais significativas produções artísticas e de pesquisa musical aplicada do presente. Elas adquirem especial relevância no contexto das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro. Ambos os CDs incluem pormenorizados textos de Sérgio Bittencourt Sampaio. Atenção merecem as imagens do Rio de Janeiro  de pinturas de Rosalbino Santoro (1884) e de Arthur Thimóteo da Costa (1918) na página-face das gravações, obras da coleção Fundação Sergio Fadel.

Braz Velloso iniciou os seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música, tendo tido como professores Homero Magalhães, Lucia Branco e Estela Caldi. Entre 1972 e 1974 tomou parte nos cursos internacionais da Pró Arte em Teresópolis. Transferiu-se para Paris em 1975, passando a ter aulas com Monique Deschaussées e posteriormente com Marian Rybicki na Ecole Normale de Musique. De 1980 a 1985 participou de master-classes de Monique Déchaussées em Barcelona e de Leon Fleisher e Magdalena Tagliaferro (Veja) em Paris. As suas atividades de solista e em conjuntos de câmara são intensas, tendo-se apresentado no Brasil e em diversos paises europeus. Concebeu eventos que incluem piano, texto e dança, apresentados em várias cidades do Brasil e em Paris.

O CD Henrique Oswald Piano Music (Naxos 9.70200), produzido na Alemanha, foi gravado Igreja Evangélica Saint Marcel de Paris, em junho de 2012. Êle inclui as obras Six Morceaux op. 4 (ca. 1867), com Waltz, Réverie, Menuet, Berceuse, Barcarolle e Impromptu; Trois Romances op. 7; Il Neige; Six Pièces op. 14, com Berceuse, Mazurka, Tarantelle, Barcarolle, Nocturne e Scherzo, e Feuilles d‘Album, op. 20, com Inquiétude, Chansonette, Feux follets e Désir ardent. 

Não só as qualidades da sua realização das obras, como também a própria produção visual e de conteúdo dos CD's testemunham excelência técnica, além de grande sensibilidade e atenção  à captação do espírito da época.

Contribuição ainda maior aos estudos musicológicos de orientação cultural relacionados com o Rio de Janeiro é a gravação dedicada a obras para piano de Leopoldo Miguéz. (Naxos 9.70199) 

Nesse CD, gravado na Igrreja Evangélica de Saint Marcel de Paris em novembro de 2011, produzido por Nikolaos Samaltanos e editado por Evi Eliades, o pianista inclui várias peças do compositor gravadas pela primeira vez. O CD inclui Souvenirs, op.20 (Nocturne, Mazurka, Scherzetto, Lamento); Scênes intimes, op. 24 (Berceuse, Chanson d‘une jeune fille, Conte Romanesque, Bavardage); Faceira (Valse-Impromptu) op. 28; Morceaux lyriques, op. 34 (L‘Improvisateur, Saudade, Pologne, La Mendiante, Plaisanterie); Nocturne, op. 10 e Allegro appassionato, op. 11.  

O significado dessa realização de Braz Velloso e das obras gravadas apenas pode ser avaliado adequadamente considerando-se o debate de décadas que vem sendo desenvolvido em meios especializados no âmbito das instituições, eventos e cursos universitários voltados às relações entre o Brasil e a Europa. 

Se Henrique Oswald foi considerado em conferências/concertos e simpósios - entre outros na Semana França/Alemanha/Brasil do Forum de 1982 - Leopoldo Miguéz tem recebido ainda maior atenção devido a seus estreitos elos com desenvolvimentos alemães. Estes, porém, inserem-se em contextos internacionais da época, devendo ser considerados na complexidade de suas interações e múltiplas dimensões, em particular também político-culturais. 

A consideração de sua obra não é apenas de significado para o Brasil ou para a difusão da música de compositores brasileiros na Europa, como também para a própria pesquisa músico-cultural na Europa no âmbito dos esforços de desenvolvimento de uma musicologia histórica que procura superar posições convencionais delimitadas geograficamente e ampliar-se através de perspectivas teórico-culturais. 

Essas amplas dimensões de significados recíprocos foi considerada entre outras ocasiões quanto à problemática wagneriana nas suas relações com o Brasil e na sua recepção francesa por ocasião dos 100 anos da Casa de Festivais de Bayreuth em 1976 (Veja), no contexto do projeto de recepção musical no Brasil em 1979/80 e em simpósios sobre as influências recíprocas entre a Europa e a América Latina das Comunidades Européias entre 1983 a 1985. Essa consideração da reciprocidade em processos receptivos teve repercussões em trabalhos universitários voltados à Escola Nova Alemã nas suas dimensões internacionais, em particular no concernente ao Poema Sinfônico e suas expressões no continente americano. 

O significado - e a problemática político-cultural - da obra de L. Miguéz esteve sobretudo no centro das atenções em concerto camerístico e sessão acadêmica realizada na Alemanha sob o patrocínio da Embaixada do Brasil em 1999, preparando o Congresso „Música e Visões“ (1999) do triênio pelos 500 anos do Brasil. 

A realização sonora das obras para piano de H. Oswald e  L. Miguéz nesses CDs de Braz Velloso representa assim, não só pela sua excelência interpretativa, uma contribuição de extraordinário significado não só para o desenvolvimento dos estudos especializados. Essas gravações merecem ser consideradas com especial atenção em ano de comemorações do Rio de Janeiro, pois oferecem um caminho sonoro à compreensão do universo cultural que marcou os anos de reconfiguração da antiga capital do Brasil, projetando-a no Exterior como um modêlo de evolução e marcando a imagem do país.


Antonio Alexandre Bispo

Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A..“Henrique Oswald (1852-1931) e Leopoldo Miguez (1850-1902) por Braz Velloso.“ Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 153/17 (2015:01). 


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Comentários do Filósofo e Musicólogo Antônio Bispo

Brasil-Europa 
Notícias atuais
Organização de estudos de processos culturais em relações internacionais (NG)
Academia Brasil-Europa (A.B.E.)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (I.S.M.P.S.e.V.)

Coordenação e redação: Centro de Estudos Brasil-Europa da A.B.E.
Direção geral: Prof. Dr. Antonio Alexandre Bispo, Universidade de Colonia, Alemanha


15.12.2014

Paris. Obras de Leopoldo Miguéz (1850-1902) interpretadas por Braz Velloso. Uma das duas gravações recentemente lançadas do pianista brasileiro Braz Velloso (Veja notícia anterior) adquire particular significado não apenas pela qualidade de suas interpretações, como também pela contribuição ainda maior que presta aos estudos musicológicos de orientação cultural: aquela dedicada a obras para piano de Leopoldo Miguéz. (Naxos 9.70199) 

Nesse CD, gravado na Igreja Evangélica de Saint Marcel de Paris em novembro de 2011, produzido por Nikolaos Samaltanos e editado por Evi Eliades, o pianista inclui várias peças do compositor gravadas pela primeira vez. O CD inclui Souvenirs, op.20 (Nocturne, Mazurka, Scherzetto, Lamento); Scênes intimes, op. 24 (Berceuse, Chanson d‘une jeune fille, Conte Romanesque, Bavardage); Faceira (Valse-Impromptu) op. 28; Morceaux lyriques, op. 34 (L‘Improvisateur, Saudade, Pologne, La Mendiante, Plaisanterie); Nocturne, op. 10 e Allegro appassionato, op. 11.  

O significado dessa realização de Braz Velloso e das obras gravadas apenas pode ser avaliado adequadamente considerando-se o debate de décadas que vem sendo desenvolvido em meios especializados no âmbito das instituições, eventos e cursos universitários voltados às relações entre o Brasil e a Europa. 

Se Henrique Oswald foi considerado em conferências/concertos e simpósios - entre outros na Semana França/Alemanha/Brasil do Forum de 1982 - Leopoldo Miguéz tem recebido ainda maior atenção devido a seus estreitos elos com desenvolvimentos alemães. Estes, porém, inserem-se em contextos internacionais da época, devendo ser considerados na complexidade de suas interações e múltiplas dimensões, em particular também político-culturais. 

A consideração de sua obra não é apenas de significado para o Brasil ou para a difusão da música de compositores brasileiros na Europa, como também para a própria pesquisa músico-cultural na Europa no âmbito dos esforços de desenvolvimento de uma musicologia histórica que procura superar posições convencionais delimitadas geograficamente e ampliar-se através de perspectivas teórico-culturais. 

Essas amplas dimensões de significados recíprocos foi considerada entre outras ocasiões quanto à problemática wagneriana nas suas relações com o Brasil e na sua recepção francesa por ocasião dos 100 anos da Casa de Festivais de Bayreuth em 1976, no contexto do projeto de recepção musical no Brasil em 1979/80 e em simpósio das Comunidades Européias de 1982 a 1984. Essa consideração da reciprocidade em processos receptivos teve repercussões em trabalhos universitários voltados à Escola Nova Alemã nas suas dimensões internacionais, em particular no concernente ao Poema Sinfônico e suas expressões no continente americano. 

O significado - e a problemática político-cultural - da obra de L. Miguéz esteve sobretudo no centro das atenções em concerto camerístico e sessão acadêmica solene realizada em Maria Laach sob o patrocínio da Embaixada do Brasil na Alemanha à época do Congresso "Música e Visões" (1999) do triênio pelos 500 anos do Brasil. 

A realização sonora das obras para piano de L. Miguéz nesse CD de Braz Velloso representa assim, não só pela sua excelência interpretativa, uma contribuição de extraordinário significado para o desenvolvimento dos estudos especializados, tornando-se desde já material indispensável para apreciações e análises em aulas, seminários e colóquios.

14.12.2014

Paris. Obras de Henrique Oswald (1852-1931)  interpretadas por Braz Velloso. O pianista brasileiro Braz Velloso, radicado em Paris, lançou duas gravações pela Naxos, respectivamente com obras de Henrique Oswald e Leopoldo Miguéz (1850-1902), que podem ser consideradas entre as mais significativas produções artísticas e de pesquisa musical aplicada do presente. Ambos os CDs incluem pormenorizados textos de Sérgio Bittencourt Sampaio. Atenção merecem as imagens do Rio de Janeiro  de pinturas de Rosalbino Santoro (1884) e de Arthur Thimóteo da Costa (1918) na página-face das gravações, obras da coleção Fundação Sergio Fadel.

Braz Velloso iniciou os seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música, tendo tido como professores Homero Magalhães, Lucia Branco e Estela Caldi. Entre 1972 e 1974 tomou parte nos cursos internacionais da Pró Arte em Teresópolis. Transferiu-se para Paris em 1975, passando a ter aulas com Monique Deschaussées e posteriormente com Marian Rybicki na Ecole Normale de Musique. De 1980 a 1985 participou de master-classes de Monique Déchaussées em Barcelona e de Leon Fleisher e Magdalena Tagliaferro em Paris. As suas atividades de solista e em conjuntos de câmara são intensas, tendo-se apresentado no Brasil e em diversos paises europeus. Concebeu eventos que incluem piano, texto e dança, apresentados em várias cidades do Brasil e em Paris.

O CD Henrique Oswald Piano Music (Naxos 9.70200), produzido na Alemanha, foi gravado Igreja Evangélica Saint Marcel de Paris, em junho de 2012. Êle inclui as obras Six Morceaux op. 4 (ca. 1867), com Waltz, Réverie, Menuet, Berceuse, Barcarolle e Impromptu; Trois Romances op. 7; Il Neige; Six Pièces op. 14, com Berceuse, Mazurka, Tarantelle, Barcarolle, Nocturne e Scherzo, e Feuilles d‘Album, op. 20, com Inquiétude, Chansonette, Feux follets e Désir ardent. 

Não só as qualidades da sua realização das obras, como também a própria produção visual e de conteúdo dos CD's testemunham não apenas excelência técnica, como grande sensibilidade e atenção  à captação do espírito da época.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Resenhas publicadas pela Revista Concerto


 


Transcrevo aqui a resenha do CD Henrique Oswald na Revista Concerto de dezembro/2014:

"O pianista Braz Velloso, com um álbum inteiramente dedicado à obra de Leopoldo Miguez, inseriu seu nome em definitivo na lista dos intérpretes dedicados a recuperar a memória da música nacional. E ele leva adiante essa proposta com seu novo disco, agora em torno da produção de Henrique Oswald. Nascido no Rio de Janeiro em 1852, o compositor fez seus primeiros estudos em São Paulo, de onde partiria, mais tarde, para a Itália. Na Europa, conheceu a música de autores como Liszt, Debussy, Grieg, Massenet e Brahms. E, em suas viagens, anota o crítico Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, apreenderia uma influência tripla: da escola alemã, herdou o apreço pela forma; da francesa, o requinte e a clareza; e da italiana, a preocupação com a melodia. O mais interessante, porém, é perceber como essas influências convivem em uma escrita bastante original, ainda mais quando a interpretação nasce de um cuidadoso processo de pesquisa como o de Velloso. Entre as obras, destaque para os Três romances, que evocam Schumann e Chopin e são gravados aqui pela primeira vez, e Il neige, peça curta com a qual Oswald ganhou o concurso Le Figaro, em Paris."




Transcrevo aqui a resenha do CD Leopoldo Miguéz na Revista Concerto de outubro/2014:

"Um dos aspectos mais fascinantes da fruição musical é a descoberta, por meio dos sons, de novos e desconhecidos mundos. E eles, às vezes, podem estar mais perto do que imaginamos. Um bom exemplo é a produção do compositor brasileiro Leopoldo Miguéz. Ele entrou para a história como um dos primeiros diretores do Instituto Nacional de Música, que ajudou a definir e profissionalizar o ambiente da música clássica brasileira na segunda metade do século XIX. Mas, de sua música, conhecemos de fato pouco – o que só torna ainda mais importante o trabalho de resgate do pianista Braz Velloso neste disco, que traz 16 obras para piano solo do compositor, 14 delas gravadas pela primeira vez. E como soa a música de Miguéz? Bastante influenciada pela criação de Chopin, Wagner e principalmente Liszt, que ele conheceu na Europa, mas com um lirismo muito marcante e pessoal, como em Lamento, que compõe o ciclo Souvenirs, ou em Saudade, parte de Morceaux lyriques. Completa o repertório o ciclo Scènes intimes e as peças curtas Faceira, Noturno op. 10 e Allegro appassionato op. 11. Destaque para a leitura sensível de Velloso."

sábado, 23 de agosto de 2014

Musique Brésilenne du XIX siécle


Le samedi 23 août à 14 heures sur France Musique l'émission de Marcel Quilévéré sera dédiée á la musique Bresilienne du XIX, elle s'intitule," Le Brésil et la fin de l"Empire". La berceuse op 34 de Leopoldo Miuez sera jouée par moi même ainsi que plusieurs autres compositions de l'époque interpretés par d'autres instrumentistes brésiliens. Un vrai régal.

Link:

http://www.francemusique.fr/emission/balades-latino-americaines/2014-ete/le-bresil-et-la-fin-de-l-empire-08-23-2014-14-00


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A Descoberta no Séc. XXI do Romântico Séc. XIX


Além do prazer que tive em descobrir, estudar e gravar as obras de Leopoldo Miguez e Henrique Oswald, que muitas estavam esquecidas, tive a satisfação de constatar o grande interesse que estes CD’s despertaram no Rio em São Paulo e na França durante este período de lançamento. Muito me sensibilizou que as composições de Miguez e Oswald fossem divulgadas pelas rádios, a maioria tocada pela primeira vez no mundo, alcançando assim um público que talvez nunca tenha ouvido falar destes compositores. As reações na França me gratificaram pela admiração e surpresa, diante de uma Escola Romântica Brasileira de Piano  a qual desconheciam e de obras, segundo eles, de tão alto nível. 
Neste próximo sábado dia 23 de agosto às 14 horas de Paris e 9 horas do Brasil, o programa “Les Traverses du Temps de Marcel Quilévéré”, na radio France Musique,  tem como tema: “Le Brésil et la fin de l’Empire”, onde a Berceuse op 24 de Leopoldo Miguez interpretada por mim será transmitida assim como várias outras obras de compositores brasileiros deste período, interpretadas por brasileiros como Clara Sverner, Maria Tereza Madeira, Roberto Szidon e muitos outros. Se desejarem ouvir lembro que é sempre possível através da internet e do smartphone.

Link do programa:

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Nova entrevista de Braz Velloso


O programa Música e Músicos do Brasil esta semana é inteiramente dedicado ao outro lançamento do pianista Braz Velloso com o CD com obras de Henrique Oswald. 
O programa irá ao ar nesta terça-feira (12/08), às 22 h, na MEC FM. O mesmo será reprisado na sexta-feira (15/08) na MEC AM às 23 h, e novamente no domingo (17/08) na MEC FM às 16 h. 
Programa produzido por Carina Amorim.





Acesse o site da rádio em:
http://radios.ebc.com.br/mecfmrio

domingo, 22 de junho de 2014

Programa Música e Músicos do Brasil - Rádio MEC


O programa Música e Músicos do Brasil entrevista compositores, regentes e intérpretes da música de concerto do Brasil. É o segundo programa mais antigo do rádio brasileiro, criado em 1958.
Esta semana o entrevistado é o pianista Braz Velloso. O programa irá ao ar nesta terça-feira (24/06), às 22 h, na MEC FM, com reprise na sexta-feira (27/06), às 23 h, na MEC AM, e novamente no domingo (29/06), às 16 h (a confirmar), na MEC FM.

Acesse o site da rádio em:

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Agenda Cultural - Junho

 


Agenda Cultural do pianista Braz Velloso

Amanhã, dia 05 de junho, a segunda parte do lançamento dos novos CD's.


Entrevista ao vivo na Rádio France Musique para o Programa Le Magazine 
Apresentação: Lionel Esparza
Horário: das 12:30 às 14 h, (horário de Paris). 

Mais informações em: 
http://www.francemusique.fr/emission/le-magazine



- Programa Pianíssimo dedicado ao CD Henrique Oswald interpretado por Braz Velloso
Rádio Cultura SP - 103,3 FM. 
Apresentação: Gilberto Tinetti 
Horário: 14:00 h com reapresentação às duas da manhã.

Mais informações em: 




sexta-feira, 2 de maio de 2014

AGENDA CULTURAL


Lançamento dos CD's de Braz Velloso

- Dia 18 de maio de 2014
Concerto de piano no Festival de Música de Chevreuse - França
Espaço "Sechoir à Peaux" às 17:00 h

- Dia 29 de maio de 2014 (quinta-feira)
Programa inteiramente dedicado ao CD Leopoldo Miguez interpretado por Braz Velloso
Rádio Cultura SP - 103,3 FM
Programa Pianíssimo 
Apresentação: Gilberto Tinetti 
14:00 h com reapresentação às duas da manhã.

- Dia 05 de junho de 2014 (quinta-feira)
Programa inteiramente dedicado ao CD Henrique Oswald interpretado por Braz Velloso
Rádio Cultura SP - 103,3 FM.
Apresentação: Gilberto Tinetti
14:00 h com reapresentação às duas da manhã. 

Critica CD’s Henrique Oswald e Leopoldo Miguez - piano Braz Velloso

Texto sobre os lançamentos dos CD's de Braz Velloso escrito por um dos maiores críticos da atualidade na Inglaterra.


Critica CD’s Henrique Oswald e Leopoldo Miguez  piano Braz Velloso
BYZANTION  at art music reviews.co.uk
                                                                                                                                      
Naxos lança uma tão vasta quantidade de gravações que…
Que pena seria, no entanto, perder esses dois álbuns cheios de fascinantes joias líricas, tocadas tão divinamente por Braz Velloso, um pianista cujo próprio nome evoca texturas suaves de cetim.
Além do fato de que Oswald e Miguez eram praticamente contemporâneos, há outras semelhanças que unem estes dois discos numa espécie de super recital. Os dois compositores são originários do Rio de Janeiro e tendo como um ou ambos pais, imigrantes europeus. Ambos passaram muitos anos na Europa, onde absorveram as influências musicais que minimizaram as cores do Brasil em suas obras para piano. Acima de tudo, ambos escreveram música que pode ser colocada em triângulo cosmopolita cujos vértices estão entre Schumann, Chopin e Saint Saëns: Miguez com inclinação romântica e Oswald, mais impressionista.
Em outras palavras Oswald e Miguez são suscetíveis de ter um grande apelo junto ao público. São obras de natureza altamente melódica e suave, com peças características, curtas, variadas em cor e temperamento: bem humoradas, nostálgicas, ousadas, calmas – formando longas suítes, criando assim conjuntos satisfatórios. Nas mãos sensíveis de seu compatriota Braz Velloso elas têm um  campeão digno - caloroso, sutil e simpático.
A qualidade do som é a mesma para ambos os discos, boa sem ser espetacular, um pouco próxima e com alguns ruídos de fundo. Podemos algumas vezes ouvir Velloso respirando, suspirando ou se mexendo, em geral no fim das peças e também nas passagens mais calmas. Não sei se o produtor percebeu ou não mas no final das faixas o som desaparece num silêncio digital de forma pouco sutil. No entanto estes detalhes são bastantes mínimos  e não atrapalharão em nada o prazer de ouvir estas músicas. As notas do livreto, em ambos os CD’s  feitas pelo nome evocador de Sérgio Bittencourt Sampaio são altamente informativas e bem traduzidas.

Critique CD’s  Henrique Oswald e Leopoldo Miguez
Byzantion  at artmusicreview.co.uk

Naxos réalise une si grande quantité d’enregistrements de haute qualité qu’il serait facile…
Quel dommage, cependant, manquer ces deux albums avec des fascinants joyaux lyriques joués divinement par Braz Velloso, un pianiste dont le nom même suggère les souples textures du satin.
Outre le fait que Oswald et Miguez étaient contemporains il existe d’autres similitudes que lient ces deux disques dans une sorte de super récital. Les deux compositeurs originaires de Rio de Janeiro, avaient des parents immigrants européens. Les deux ont passé des nombreuses années en Europe, où ils ont absorbé les influences musicales qui minimisent la couleur brésilienne dans leurs œuvres pour piano. Ils ont surtout écrit une musique qui se situe dans un triangle cosmopolite entre Schumann, Chopin et Saint- Saëns, Miguez plus romantique et Oswald plus impressionniste
En d’autres termes  Oswald et Miguez sont susceptibles d’avoir un large public. Leurs œuvres sont d’une nature très mélodique, suave, avec des pièces caractéristiques très variés : humoristiques,  nostalgiques, audacieuses, tranquilles -  rassemblés en longues suites pour créer des ensembles satisfaisants. Dans les mains sensibles de leur compatriote Braz Velloso ils ont un champion digne – il est chaleureux, subtile et sympathique.
La qualité sonore est la même pour les deux disques, bonne sans être  exceptionnelle, un peu de trop près et pas entièrement sans bruit de fond . Velloso peut parfois être entendu, respirant, soupirantou ou bougeant en général à la fin de certaines œuvres. Le producteur a du remarquer  ou pas, mais  les pistes end se décolorent d’une manière peu subtile avec le silence numérique. Cependant ces détails sont assez minimes et peu susceptibles de gâcher le plaisir d’écouter cette musique. Les notes de livret faites par le nom évocateur de Sergio Bittencourt Sampaio, dans les deux disques sont hautement instructives et bien traduites.

Naxos release such vast quantities of high-quality recordings that it is the easiest thing for relatively lowkey CDs like this pair to come and go all but unnoticed, especially when, as here, they are issued purely as downloads or for streaming purposes. Even the work titles suggest a strong element of take-it-or-leave-it: who really needs more morceaux, feuilles or souvenirs?
What a pity, though, to miss these two albums of bewitching lyrical gems performed so ambrosially by Braz Velloso, a pianist whose very name suggests smooth satin textures.
Beside the fact that Oswald and Miguéz were almost exact contemporaries, there are other similarities that tie these two discs together into a kind of super-recital.
Both composers originate from Rio de Janeiro, with either one parent or both a European immigrant. Both spent many years in Europe where they absorbed the musical influences that minimise the Brazilian colour in their piano works. Above all, both wrote music that can be placed in a cosmopolitan triangle whose corners are Schumann, Chopin and Saint-Saëns, with Miguéz more romantically, Oswald more impressionistically, inclined.
In other words, Oswald and Miguéz are likely to have wide appeal. Theirs are works of a highly melodic, generally mellow nature, short character pieces of varied mood and colour - humorous, nostalgic, bold, relaxed - threaded into longer suites to create satisfying wholes. In the sensitive hands of their compatriot Velloso they have a worthy champion - he is sunny, subtle and sympathetic.
Sound quality is the same for both discs, good, without being spectacular: a trifle close and not entirely without background noise. Velloso can sometimes be heard exhaling, sighing or fidgeting, chiefly at either end of a work, but also in quieter passages. Whether or not the producer noticed this, trackends are sharply faded to digital silence in a hardly subtle way. However, these distractions are fairly minimal and unlikely to spoil anyone's enjoyment of the music. The booklet notes in both cases are by the evocatively named Sergio Bittencourt Sampaio, highly informative and well translated.

Byzantion

Contact at artmusicreviews.co.uk

Leopoldo Miguez - Piano, Braz Velloso

Crítica de David Denton
Publicada na Review Corner em Janeiro 2014


Nascido no Brasil e parcialmente lá educado, Leopoldo Miguez passou parte de sua infância na Espanha e Portugal, e durante seus anos de maturidade estudou em Paris. Sua carreira no Brasil o teria levado para a educação e administração, onde era tido em alta consideração, mas como compositor era puramente dependente de influências europeias, sendo que Liszt e Chopin estão sempre presentes. O programa escolhido por Braz Velloso está quase totalmente dedicado à gravação de estreias mundiais, e cobre grande parte de uma vida que terminou prematuramente na idade de cinquenta e dois, em 1902. Estilisticamente sem grande mudanças ao longo de sua carreira, embora Schumann tinha, obviamente, tornado-se importante para ele nos Morceaux lyriques, uma obra que poderia muito bem ter sido atribuído ao compositor alemão. Agradavelmente reminiscente de Chopin em seus quatro Souvenirs, chegamos a uma joia no mundo da era romântica com a última faixa do disco -- , o Allegro appassionato… A obra para piano de Miguez prova que ele estava muito à vontade neste instrumento… [Braz Velloso] é um defensor altamente persuasivo. A qualidade sonora do disco é boa mesmo numa acústica de igreja. 

© 2014 David's Review Corner

David Denton
January 2014

Born in Brazil and partially educated there, Leoplodo Miguez spent part of his childhood in Spain and Portugal, and during his mature years studied in Paris. His career in Brazil was to take him into education and administration, where he was held in high regard, but as a composer he was purely dependent on European influences with Liszt and Chopin always hovering in the background. Almost devoted to world premiere recordings, the programme chosen by Braz Velloso covers much of a life that ended prematurely at the age of fifty-two in 1902. Stylistically it changed little throughout, though Schumann had obviously become important to him in the Morceaux lyriques, a work that could well have been attributed to the German composer. Pleasingly reminiscent of Chopin in his four Souvenirs, we arrive at a jewel in the world of the Romantic era with the disc’s concluding track, the Allegro appassionato…Miguez’s output for piano shows that he was happy in the medium…he is a highly persuasive advocate and the sound quality is reliable in a church acoustic. 

© 2014 David’s Review Corner

Henrique Oswald - Piano, Braz Velloso

Crítica de David Denton
Publicada na Review Corner em Novembro 2013

Nascido no Brasil em 1852, Henrique Oswald era filho de um pai Suíço e de uma mãe Italiana, e foi para a Itália que a família retornou para dar uma educação musical ao seu filho protegido. A maior parte de suas composições foram para piano solo, e apesar de ter vivido durante a era do Impressionismo Francês, ele não se deixou persuadir, sendo que sua conexão musical pertencente à geração anterior como Fauré seria um bom guia para o conteúdo deste CD… que, através de escutas diversas aprecia-se o polimento e refinamento de uma música que pretende agradar por sua elegância, mais do que por algum conteúdo dramático. Chopin está sempre presente nas Seis Peças, contendo uma Tarantella particularmente atraente, e umScherzo cintilante antecedido por um meigo Nocturne. Quatro pequena peças, Feuillies d'Album, e a curta peça característica, Il Neige, completam estas execuções altamente envolventes do pianista brasileiro, Braz Velloso. Poucas gravações capturam um som tão realístico do piano. 

© 2013 David's Review Corner



David Denton
November 2013

Born in Brazil in 1852, Henrique Oswald was the son of a Swiss father and Italian mother, and it was to Italy they returned to educate their musical protegee son. Most of his compositions were for solo piano, and though he lived through the French Impressionist era, he was little persuaded by them, his music belonging to the previous generation of which Faure would be a good guide to the disc’s contents…on repeated hearing you come to enjoy the polish and refinement of music that seeks to please by its elegance rather than any dramatic input. Chopin remains ever present in the Six Pieces with a particularly attractive Tarantella and a sparkling Scherzo to follow the tender Nocturne. Four little encore pieces, Feuilles d’album, and the short character piece, Il neige, complete these highly engaging performances from the Brazilian pianist, Braz Velloso. Few recordings catch such a realistic piano sound. 

© 2013 David’s Review Corner

sábado, 26 de abril de 2014

Cartas enviadas ao Braz Velloso sobre o lançamento dos dois CD's



Carta de Lauro Gomes Pinto para Braz Velloso sobre os lançamentos dos 2 cds.
Prezado e querido Braz...
Gostei muito. Miguez e Oswald, estão praticamente esquecidos. Mesmo na Rádio MEC temos poucos registros feitos há muitos anos, sem a qualidade digital. Quero te dar os parabéns pela tua lembrança. Conhecia um pouco de algumas destas peças para piano dos dois, fora os Poemas Sinfônicos do Miguez. Do Oswald, as variações para piano e orquestra e sua música de câmara: quartetos, duo, trios, etc.
Adorei as tuas gravações. Estão ótimas. Você é um grande interprete, sensível e brilhante. Bravos!!! Um grande abraço,
Lauro Gomes Pinto

Carta do pianista Victor Cayres doutorando na Boston University onde desenvolve uma tese sobre Leopoldo Miguez

Prezado Braz Velloso,

Desculpe a demora. Sexta-feira passada consegui ir ao correio buscar os CDs. Obviamente tenho ouvido o do Miguez, todos os dias. Que presente maravilhoso a sua gravação! Tão cheia de cores, inspiração, e com um som tão bonito, logo do início, na primeira nota do noturno opus 20! Difícil escolher qual a minha peça favorita. Dá orgulho saber que o compositor dessas pérolas musicais é um dos nossos! Parabéns por esse magnífico trabalho, é uma inspiração maior poder ouvir sobre o que estou escrevendo, ao invés de apenas olhar para partituras secas e imaginar o som. 
Ainda não pude ouvir o do Oswald com muita atenção, estou diariamente imerso no do Miguez, mas é interessante notar as semelhanças de estética e estilo entre ele e Miguez, e ao mesmo ouvir como são diferentes!  
Muitíssimo obrigado pelo presente valioso! 

Abraço e tudo de bom!
Victor Cayres

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Carta do Musicólogo e Compositor Narcis Bonet sobre o CD com as músicas de Leopoldo Miguez


Cher Braz,
C'est avec un vif plaisir que nous venons d'écouter votre CD avec des oeuvres, pour moi totalement inconnues, mais qui méritaient vraiment d' être recréés.
Vous en avez offert une interprétation remarquable autant par le jeu pianistique que par la sensibilité au service bien réussi de cette musique charmante, bien construite et certainement attachante.
Bravo pour cette première écoute. Nous poursuivrons plus tard l'écoute du CD d'Oswald... Mais je ne voulais pas différer davantage mes félicitations
Avec Hélène je vous embrasse nien fort, et merci encore pour votre beau cadeai
Narcis

Carta do Compositor Ronaldo Miranda ao Braz Velloso sobre os dois Cds lançados de Henrique Oswald e Leopoldo Miguez

Caro Braz,

Recebi com muita alegria seus dois CDs da Naxos dedicados a Oswald e Miguez.

Meus efusivos parabéns pela sua realização, Braz! Os documentos históricos que representam esses dois discos são inestimáveis e super benvindos.

Você recria as peças com linda sonoridade e retoma uma tradição nobre e fecunda do piano brasileiro.

Não saberia dizer o que está melhor, mas tenho lá minhas preferências, que recaem na sua musicalíssima versão das Seis Peças Op. 14, de Oswald, bem como de "Il Neige", em andamento um pouco mais "andado" do que o habitual, com o canto interno (central) lindamente flexionado.

No CD de Miguez, também gosto de tudo, mas sou especialmente apaixonado pelo Noturno Op. 10 e pelo Allegro Appasionato, cujas progressões diminutas, o pianismo e a tensão dramática me reportam às vezes a algumas das peças da Kreisleriana de Schumann. Você interpreta com muita propriedade (e bom gosto) essas duas obras.

Bem, já no Rio, aproveitando as férias acadêmicas, envio para você o CD "Patrícia Bretas Interpreta Ronaldo Miranda - Obras para Piano". Ele contém minhas principais obras para piano solo, escritas num período de 40 anos (1965-2005) e também minhas peças para piano a quatro mãos, onde Patrícia conta com a colaboração de Josiane Kevorkian.

Espero que goste.

Um abraço saudoso e, de novo, meus muitos parabéns pelos dois CDs!

Até breve,
Ronaldo Miranda