Crítica Revista Pianiste
Julho/Agosto de 2015
Por Alexandre Sorel
Obras para piano
Leopoldo Miguez
Naxos 9.70199
Henrique Oswald
Naxos 9.70200
BRAZ VELLOSO (Piano)
É importante ressaltar aqui um músico particularmente sutil e interessante; o pianista brasileiro Braz Velloso, que gravou dois CD’s originais de compositores brasileiros praticamente esquecidos e dos quais ele se torna um comovente defensor.
A música destes compositores nunca tinha sido gravada até então e através de um “beijo na bela adormecida” que este excelente pianista, deu uma nova vida a estas páginas escritas pelos seus compatriotas.
Elas são plenas de sutilezas, de invenções melódicas e de ricas harmonias. A escola romântica brasileira é pouco conhecida hoje em dia.
De fato, mesmo após a proclamação da república do Brasil em 1899 (antes colonizado por Portugal), os estreitos laços culturais entre a Europa e o Brasil restaram. Encontramos as influências da música de Chopin, Debussy ou Fauré (na música de Henrique Oswald) e de Schuman e Liszt (na de Leopoldo Miguez).
Durante a semana de Arte Moderna de 1922, o Brasil estava em busca de uma identidade cultural mais específica. Foi assim que músicos como Ernesto Nazareth e em seguida Villa Lôbos compuseram uma música mais rítmica influenciada pelos ritmos africanos.
No entanto os precursores (Oswald e Miguez) foram músicos muito interessantes.
Braz Velloso interpreta de forma excelente estas peças que ele ressuscita com muita sutileza e um grande domínio. Ele transmite uma verdadeira emoção.
Aqui está um pianista caloroso que temos que ressaltar o trabalho de intérprete de pesquisador e de musicólogo.
Critique Revue Pianiste
Juillet / Août 2015
Leopoldo Miguez
Naxos 9070199
Henrique Oswald
Naxos 9.70200
BRAZ VELLOSO (Piano)
Il importe de saluer ici un musicien particulièrement fin et attachant, le pianiste brésilien Braz Velloso, qui a gravé deux disques originaux de compositeurs brésiliens inconnus et dont il se fait l’émouvant défenseur. La musique de ces compositeurs n’avait jamais été enregistrée jusqu’alors’ et c’est par une sorte de baiser à « La Belle au Bois Dormant » que cet excellent pianiste a redonné vie à ces pages écrites par ses compatriotes. Elles sont pleines de subtilité, d’invention mélodique et de riches harmonies. L’école romantique brésilienne est inconnue aujourd’hui. En effet, même après la proclamation de l’indépendance du Brésil en 1889 (auparavant colonisé par le Portugal) des liens culturels étroits demeuraient tissés entre l’Europe et le Brésil.
Aussi, ces deux compositeurs furent-ils très influencés par la musique de Chopin, Debussy ou Fauré dont on retrouve les tournures (pour Oswald), ou celle de Schumann ou de Liszt ( pour Miguez ). Cependant à la suite de la grande semaine de l’Art Nouveau de 1922, le Brésil fût en quête d’une identité culturelle plus spécifique. C’est ainsi que des musiciens comme Ernesto Nazareth et, à sa suite Heitor Villa Lobos, dessinèrent un art plus rythmé, s’inspirant de l’art africain. Mais leurs précurseurs étaient eux aussi des musiciens fort attachants.
Braz Velloso joue excellemment ces pièces, qu’il exhume avec beaucoup de finesse et une belle maîtrise. Il s’en dégage une véritable émotion.
Voilà un pianiste attachant, dont il importe de saluer le beau travail d’interprète, de chercheur et de musicologue.
Alexandre Sorel
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