sexta-feira, 2 de maio de 2014

Critica CD’s Henrique Oswald e Leopoldo Miguez - piano Braz Velloso

Texto sobre os lançamentos dos CD's de Braz Velloso escrito por um dos maiores críticos da atualidade na Inglaterra.


Critica CD’s Henrique Oswald e Leopoldo Miguez  piano Braz Velloso
BYZANTION  at art music reviews.co.uk
                                                                                                                                      
Naxos lança uma tão vasta quantidade de gravações que…
Que pena seria, no entanto, perder esses dois álbuns cheios de fascinantes joias líricas, tocadas tão divinamente por Braz Velloso, um pianista cujo próprio nome evoca texturas suaves de cetim.
Além do fato de que Oswald e Miguez eram praticamente contemporâneos, há outras semelhanças que unem estes dois discos numa espécie de super recital. Os dois compositores são originários do Rio de Janeiro e tendo como um ou ambos pais, imigrantes europeus. Ambos passaram muitos anos na Europa, onde absorveram as influências musicais que minimizaram as cores do Brasil em suas obras para piano. Acima de tudo, ambos escreveram música que pode ser colocada em triângulo cosmopolita cujos vértices estão entre Schumann, Chopin e Saint Saëns: Miguez com inclinação romântica e Oswald, mais impressionista.
Em outras palavras Oswald e Miguez são suscetíveis de ter um grande apelo junto ao público. São obras de natureza altamente melódica e suave, com peças características, curtas, variadas em cor e temperamento: bem humoradas, nostálgicas, ousadas, calmas – formando longas suítes, criando assim conjuntos satisfatórios. Nas mãos sensíveis de seu compatriota Braz Velloso elas têm um  campeão digno - caloroso, sutil e simpático.
A qualidade do som é a mesma para ambos os discos, boa sem ser espetacular, um pouco próxima e com alguns ruídos de fundo. Podemos algumas vezes ouvir Velloso respirando, suspirando ou se mexendo, em geral no fim das peças e também nas passagens mais calmas. Não sei se o produtor percebeu ou não mas no final das faixas o som desaparece num silêncio digital de forma pouco sutil. No entanto estes detalhes são bastantes mínimos  e não atrapalharão em nada o prazer de ouvir estas músicas. As notas do livreto, em ambos os CD’s  feitas pelo nome evocador de Sérgio Bittencourt Sampaio são altamente informativas e bem traduzidas.

Critique CD’s  Henrique Oswald e Leopoldo Miguez
Byzantion  at artmusicreview.co.uk

Naxos réalise une si grande quantité d’enregistrements de haute qualité qu’il serait facile…
Quel dommage, cependant, manquer ces deux albums avec des fascinants joyaux lyriques joués divinement par Braz Velloso, un pianiste dont le nom même suggère les souples textures du satin.
Outre le fait que Oswald et Miguez étaient contemporains il existe d’autres similitudes que lient ces deux disques dans une sorte de super récital. Les deux compositeurs originaires de Rio de Janeiro, avaient des parents immigrants européens. Les deux ont passé des nombreuses années en Europe, où ils ont absorbé les influences musicales qui minimisent la couleur brésilienne dans leurs œuvres pour piano. Ils ont surtout écrit une musique qui se situe dans un triangle cosmopolite entre Schumann, Chopin et Saint- Saëns, Miguez plus romantique et Oswald plus impressionniste
En d’autres termes  Oswald et Miguez sont susceptibles d’avoir un large public. Leurs œuvres sont d’une nature très mélodique, suave, avec des pièces caractéristiques très variés : humoristiques,  nostalgiques, audacieuses, tranquilles -  rassemblés en longues suites pour créer des ensembles satisfaisants. Dans les mains sensibles de leur compatriote Braz Velloso ils ont un champion digne – il est chaleureux, subtile et sympathique.
La qualité sonore est la même pour les deux disques, bonne sans être  exceptionnelle, un peu de trop près et pas entièrement sans bruit de fond . Velloso peut parfois être entendu, respirant, soupirantou ou bougeant en général à la fin de certaines œuvres. Le producteur a du remarquer  ou pas, mais  les pistes end se décolorent d’une manière peu subtile avec le silence numérique. Cependant ces détails sont assez minimes et peu susceptibles de gâcher le plaisir d’écouter cette musique. Les notes de livret faites par le nom évocateur de Sergio Bittencourt Sampaio, dans les deux disques sont hautement instructives et bien traduites.

Naxos release such vast quantities of high-quality recordings that it is the easiest thing for relatively lowkey CDs like this pair to come and go all but unnoticed, especially when, as here, they are issued purely as downloads or for streaming purposes. Even the work titles suggest a strong element of take-it-or-leave-it: who really needs more morceaux, feuilles or souvenirs?
What a pity, though, to miss these two albums of bewitching lyrical gems performed so ambrosially by Braz Velloso, a pianist whose very name suggests smooth satin textures.
Beside the fact that Oswald and Miguéz were almost exact contemporaries, there are other similarities that tie these two discs together into a kind of super-recital.
Both composers originate from Rio de Janeiro, with either one parent or both a European immigrant. Both spent many years in Europe where they absorbed the musical influences that minimise the Brazilian colour in their piano works. Above all, both wrote music that can be placed in a cosmopolitan triangle whose corners are Schumann, Chopin and Saint-Saëns, with Miguéz more romantically, Oswald more impressionistically, inclined.
In other words, Oswald and Miguéz are likely to have wide appeal. Theirs are works of a highly melodic, generally mellow nature, short character pieces of varied mood and colour - humorous, nostalgic, bold, relaxed - threaded into longer suites to create satisfying wholes. In the sensitive hands of their compatriot Velloso they have a worthy champion - he is sunny, subtle and sympathetic.
Sound quality is the same for both discs, good, without being spectacular: a trifle close and not entirely without background noise. Velloso can sometimes be heard exhaling, sighing or fidgeting, chiefly at either end of a work, but also in quieter passages. Whether or not the producer noticed this, trackends are sharply faded to digital silence in a hardly subtle way. However, these distractions are fairly minimal and unlikely to spoil anyone's enjoyment of the music. The booklet notes in both cases are by the evocatively named Sergio Bittencourt Sampaio, highly informative and well translated.

Byzantion

Contact at artmusicreviews.co.uk

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